6 de ago. de 2012

O ouro, a prata, o bronze e o nada

A diferença entre o ouro, a prata, o bronze e o nada, não existe de tão próxima.

Ciclos olímpicos com quatro, oito, doze anos de dedicação ao alto-rendimento, por um centésimo, um segundo, um passo mal dado, esgotam-se no nada.

Nada este que difere daquele de quem não acredita poder realizar, de quem não dá o seu máximo para conseguir o seu melhor, mesmo em que nada redunda.

O mérito daqueles que sobem os degraus, que recebem os louros, que triunfam entre tantos de seus pares é justo e adequado, mas o esforço, a dor e privação de tantos outros também.

O esporte consegue promover valores morais e éticos vigorosos esquecidos no tempo por boa parte da população mundial, tornando-nos egoístas a ponto de não enxergarmos o meio a nossa volta.

Enalteçam-se os heróis, os mitos, as lendas olímpicas da atualidade, mas também sejam enaltecidos aqueles que ousaram estar ali, perseguindo seus sonhos mesmo não conseguindo subir os nobres degraus, pois eles nunca terão o nada, eles terão tudo.