26 de abr. de 2012

Retorno ao Coliseo

A mídia reverbera comportamentos sociais. Programas televisivos e filmes exploram a bestialidade extrema chegando ao tosco humor sem sentido.

Modalidades esportivas também revelam, seja pelo aumento da sua audiência, como no caso do MMA, como com o comportamento brutesco da violência entre grupos de torcedores no futebol ou dos gritos preconceituosos nas partidas de volei.

Um retorno a barbárie, nivelada no mais baixo nível de valoração moral. Um retorno a principal praça de entretenimento da Roma Antiga, o Coliseo, onde o sacrifício de vidas de gladiadores-escravos e prisioneiros entregues as bestas serviam para aliviar as mazelas sociais de uma massa carente.

Fora das praças esportivas, qualquer agressão pode ser considerada crime, então por que, feita a identificação do torcedor agressor, não é feito o devido enquadramento criminal e não se leva adiante seu indiciamento?

Não é necessária qualquer lei específica para tratar do assunto quando já se tem publicado o Código Penal, ainda que meio caduco.

Cabe, unicamente, as autoridades policiais proceder como em qualquer crime cometido no dia-a-dia, retendo o infrator e encaminhando-o para devido indiciamento e processo penal, quando for o caso.

É obrigação e dever do estado zelar pela vida, pelo bem-estar do cidadão, pelo patrimônio público e pela propriedade privada. Para isso, deve haver um forte controle policial nos arredores e dentro das praças esportivas durante os eventos objetivando prevenir e coibir conflitos, atos de violência ou preconceituosos que firam o direito individual ou coletivo, infringindo a lei.

Mas de nada adianta, se não houver uma reversão na manutenção de valores morais tão baixos na sociedade atual. E o melhor caminho para tamanha e importante reversão é a Educação.


24 de abr. de 2012

Negociando direitos

"Atualmente, existem duas formas fundamentais de negociação: o modelo coletivo (normalmente negociado e explorado por uma entidade reguladora, geralmente a Liga de Futebol Profissional do país em questão, e as operadoras televisivas) e o mod...elo individual, em que cada clube é responsável pela negociação dos seus próprios direitos (modelo que prevalece em Portugal)." mais em Universidade do Futebol.

Antes de pensar sobre modelos de negociação de direitos televisivos, deveríamos discutir a estrutura administrativas das entidades esportivas e a ausência de pessoal qualificado e a falta de embasamento técnico na mesa de negociação.

Independente do modelo adotado, haverá um desequilíbrio sempre favorecendo o mais preparado, no caso, emissoras de televisão.

O modelo coletivo não fortalece e sim, favorece aos clubes de menor expressão acesso a uma fonte de receita substancial, enquanto o modelo individual só reforça o caixa dos grandes clubes, a exemplo do citado no artigo.

Sendo o mais importante haver planejamento e organização suficientes dentro da entidade esportiva, além de profissionais capacitados e estrutura de apoio capaz de analisar e valorar suas propriedades comerciais e potenciais utilizações das mesmas.

Esporte de alto-nível é entretenimento para audiência e assim é encarado pelas emissoras, patrocinadores e agências esportivas, fato este que nada se aproxima a mentalidade dentro das entidades esportivas que só se preocupam com o resultado na próxima rodada ou no próximo evento.

Campeonatos estaduais

O campeonatos estaduais servem como um grande preâmbulo para a temporada, sua abertura.

Se encarado deste modo, viveríamos toda a paixão bairrista exacerbada a cada fim-de-semana, a cada rodada, com arquibancadas repletas e diversos dérbis locais estimulando a sadia rivalidade clubista.

Resenhas esportivas pré e pós jogos, entrevistas chamando a atenção, horários e dias compatíveis, eventos paralelos antes, durante e após os jogos, campanhas de incentivos fiscais, serviços de qualidade nos estádios.

Torcedor e audiência tratados e respeitados como clientes e, os mesmos adotando um comportamento compatível fora e dentro das praças esportivas. Tudo na mais perfeita ordem ou na intenção de dar certo.

Interessados no fracasso dos estaduais podem ser aqueles quais que alcançam um maior custo benefício ao pagar muito menos do valor que pode ser alcançado.

E a solução surge de uma ideia não muito bem trabalhada numa breve reunião entre dirigentes.

Um tiro no pé de todos os atores participantes, no qual, a miopia imediastista suplanta a visão plena de ganhos maiores num futuro próximo.

Pena!

20 de abr. de 2012

Greves, Copa e Olimpíada

O coordenador de relações sindicais do DIEESE, o economista José Silvestre Prado de Oliveira, em nota da coluna de Ancelmo Gois (15/04), chama atenção para sucessivas greves ocorridas nos canteiros dos estádios e aquelas que ainda irão ocorrer até 2014.

Pelo andar da carruagem, esta movimentação pode chegar até 2016 em função dos Jogos Olímpicos.

Assim como ocorrido na África do Sul em 2010, prazos apertados favorecem tal manifestação reinvidicatória e colocam na mão proletária a faca e o queijo.

É só cortar, servir com um pão francês quentinho e uma média.

Liderança: escolha no esporte


Embora eu acredite que a melhor forma de escolher novos líderes seja através da identificação de potenciais dentro da organização, isso não acontece de um modo sistemático no mercado esportivo, principalmente no futebol, minha área de atuação profissional.

Aqui, gestores se alternam por clubes e entidades administrativas sem haver grande renovação, não existindo um olhar da alta gestão para dentro de sua instituição com um objetivo de detectar tal liderança potencial preferindo, quando surge algum novo líder, contratá-lo baseado no sucesso alcançado na temporada.

Infelizmente, persiste o perfil amador-apaixonado na alta gestão destas entidades, dificultando uma ação mais corporativa, baseada no planejamamento e no alcance das metas e objetivos estabelecidos tanto dentro quanto fora das pistas, quadras e gramados.

O mercado sofre e carece de gestores profissionais, negociações são tendem a beneficiar sempre um dos lados da mesa, sendo os maiores perdedores, as entidades esportivas.

19 de abr. de 2012

O melhor trabalho do mundo



Em uma sacada inteligente, a P&G, patrocinadora dos Jogos Olímpicos em Londres 2012, homenageia aquelas que fazem do trabalho mais difícil do mundo, o melhor trabalho do mundo, ser mãe.

18 de abr. de 2012

Rankings 2011


O IDH e o PIB de um país podem estar um tanto fora do contexto esportivo, especialmente quando se trata em analisar performance de uma seleção nacional e sua posição no Ranking Coca-Cola/FIFA.

Mas, ao contrário do que possa parecer, é justamente esta análise que revela o quanto o Brasil ainda está distante para se tornar uma potência mundial.

Nossa monocultura esportiva, com poucas modalidades inseridas dentro do mercado esportivo dominado pelo desporto bretão, reflete um pouco da miopia nacional quando observados números absolutos, ou melhor, percentuais de crescimento e investimentos sem que se saiba seus valores reais e o quanto se está aquém, não do ideal, mas do razoavelmente aceito.

Ao se observar a comparação a cima, pode-se perceber tamanha distorção na performance das seleções com relação ao PIB de seu país, e mais, com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano, mostrando que nem sempre a prática esportiva de alto-nível reflete a realidade social e a preocupação governamental em manter altos padrões de qualidade no atendimento a seus cidadãos.

Outro ponto interessante, revela a dimensão de países continentais ou grandes em territórios em suas regiões geográficas e que nem por isso detém uma posição privilegiada.

No IDH, prevalece o esforço de Holanda e Alemanha, ambos destruídos pela Segunda Grande Guerra e que souberam reverter tamanha desgraça graças ao investimento em educação, saúde e ao fomento desenvolvimentista, o que acabou por levar a Alemanha a quarta posição no ranking PIB e a ser o sustentáculo economico europeu, sem perder sua privilegiada posição no Ranking FIFA e sendo a única a figurar entre os dez primeiros nos três rankings.

Enquanto isso no Brasil, no jeito de ser de seus líderes políticos, empurram-se obras públicas e investimentos na reestruturação de parques esportivos para os grandes eventos os quais serão sediados neste país, sem haver a devida preocupação em aproveitar uma chance única e triplicada para reverter tal política em ações concretas que deixem o tão aplaudido e alarmado legado.

Legado este, que traga realmente benefícios a população, a economia e ao país, e não ao bolso de corruptos e seus corruptores.



17 de abr. de 2012

FPF X FERJ

FERJ


Enquanto a Federação de Futebol Carioca respeita o acordo estabelecido e indicia Zagallo para vice-presidência da Região Sudeste da CBF, a FPF rejeita sua indicação e lança indicação misteriosa, mostrando seu interesse em ganhar espaço ainda maior dentro da entidade nacional.

Sabia mais na matéria publicada pela agência Reuters.

16 de abr. de 2012

O Peixe que nada com tubarões

Romário vem surpreendendo a todos aqueles que duvidavam de sua capacidade em nadar no aquário de tubarões em Brasília.

Para muito dos eleitores, ele seria mais um a se beneficiar das beneces e verbas destinadas ao legislativo, ledo engano.

Como um, senão o mais ativo parlamentar, mantém a sua língua afiada dentro de um discurso focado em três linhas: Fiscalização das Obras para Copa do Mundo, Direitos dos Portadores de Deficiências e o Combate ao uso do Crack.

Com seu modo, concedeu entrevista a revista Rolling Stone, ratificando sua conduta exemplar como legislador.

Agora quem da bola é o Santos


Ações de marketing e de RP para comemorar o Centenário Santista envolve não só o clube como seus parceiros comerciais.

Assista ao trailer do filme Santos: 100 anos de futebol-arte.

13 de abr. de 2012

As três afirmativas


Afirmativa 1.
Todo o ser humano é o único e exclusivo responsável por sua imagem, pela sua voz e pelo seu comportamento, independente da influência do meio ou de outrem.

Afirmativa 2.
Todo atleta, enquanto ser humano, submete-se a primeira afirmação. Sua dedicação total a modalidade escolhida é de sua inteira responsabilidade, independente dos resultados obtidos.

Afirmativa 3.
Todo o jogador de futebol, enquanto ser humano e atleta, submete-se a primeira e a segunda afirmações e sua conduta dentro e fora de campo está única e exclusivamente sobre seu domínio, sendo de sua inteira responsabilidade.

Não existe outras afirmativas contrárias.

10 de abr. de 2012

Make it count!

Video viral de campanha para Nike provando que existem formas diversas além do pensar convencional.

Uma bela amostra do que realmente conta na vida.

Beija-mão

Em coletiva na segunda-feira última, o presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou Patríci Amorim como chefe da delegação da Seleção Feminina a Londres.

Quanto a Mano, colocou dúvidas sobre sua permenência caso fracasse nos Jogos.

O mais interessante, foi a presença de presidentes e vice-presidentes de clubes (leia-se Atlético Mineiro, Atlético Parananese, Cruzeiro, Coritiba, Figueirense, Náutico, Sport, Santa Cruz, Vitória e Grêmio)  reinvidicando uma assessoria especial que garanta uma representatividade dos clubes na CBF.

A todos, Marin, adota o discurso político de que se depender de suas atitudes fará o possível para manter uma boa relação com todos atendendo suas reinvidicações, mas não espera reciprocidade, refereindo-se as federações "rebeldes", entre elas a FERJ.

No final anunciou a acomodação da sede da CBF junto com a do COL. Para que?