14 de dez. de 2012

Retrospectiva

Durante o ano, estive presente em alguns eventos que discutiram o mercado esportivo, em especial o do futebol, sob diversos ângulos e abordagens.

Em alguns tive a oportunidade de ouvir mais do mesmo sobre o tema, enquanto em outros, novas considerações e pontos de vista interessantes.

Um deles, do qual até postei um texto, falava sobre o valor do conteúdo esportivo, principalmente o futebol, devido a sua linguagem universal e penetração global. Falava também, sobre como os meios de comunicação dependem deste conteúdo para gerar audiência e, a partir daí, receitas através da comercialização dos espaços publicitários, que por sua vez, geram negócios entre as agências e as marcas, fazendo as engrenagens rodarem no setor corporativo.

Noutro, outro palestrante citou o quanto é difícil para clubes de futebol adotarem uma formatação corporativa e suas práticas, o quanto seus mercados se diferem, bem como a reação de seu principal público-alvo.

Ainda neste mesmo evento, numa outra palestra, ouvi que o foco das ações comerciais no futebol estava voltado para um público-alvo equivocado com uma justificativa incoerente: torcedores fanáticos e a paixão.

Dizia que, utilizando uma metodologia própria, o foco deveria ser no amor ao clube, sentimento mais racional, onde o publico-alvo mantém sua crítica, exige qualidade, mas, em contrapartida, denota fidelidade.

Várias foram as opiniões, sugestões, idéias surgidas, o que denota um novo modo dos atores deste mercado se relacionarem com os demais e vice-versa.

Resta saber o quanto estarão dispostos a transformar estas opiniões e idéias em ações factíveis de sucesso, estabelecendo um novo patamar nestas relações.

Está na hora de deixarmos o individualismo egoísta da "farinha pouca, meu pirão primeiro" e nos voltarmos para uma relação sustentável. mais inteligente e equilibrada, onde todos possam usufruir deste tão fabuloso meio que é o esporte.

6 de out. de 2012

Precificando a formação

De acordo com a nova redação dada a Lei Pelé pela Lei Federal Nº 12.395/2011 Art. 29 §§ 2º e 3º, caracteriza como entidade de prática desportiva formadora - clube formador - do atleta aquela que fornece a seus atletas programas de treinamento nas categorias de base e complementação educacional e satisfaça, cumulativamente, os seguintes requisitos:
 
  • Ter seus atletas em formação inscritos em uma entidade regional de administração do desporto - federação estadual a pelo menos um ano e que estejam também inscritos em competições oficiais; 
  • garantir assistência educacional, psicológica, médica e odontológica, assim como alimentação, transporte e convivência familiar; 
  • manter alojamento e instalações desportivas adequadas, sobretudo quanto a higiene, segurança e salubridade; 
  • manter um corpo de profissionais especializados em formação tecnico-desportiva; 
  • manter agenda diária de seus atletas ajustando tempo necessário à efetiva atividade de formação de modo a não exceder quatro horas diárias, aos horários do currículo escolar ou de curso profissionalizante, além de propiciar-lhes matrícula escolar com exigência de frequência e satisfatório aproveitamento; 
  • estarem seus atleta isentos de qualquer expensas decorrentes das atividades de formação desportiva; 
  • comprovar que participa anualmente de competições organizadas por entidade de administração do desporto em pelo menos duas categorias da respectiva modalidade; 
  • e garantir que o período de seleção não coincida com os horários escolares; além de receber da entidade nacional de administração do desporto certificado que garante o cumprimento do quesitos supracitados e estabelecidos pela devida lei. 

Então quais seriam os custos?

Uma vez certificado como clube formador, atendendo todos os quesitos estabelecidos por lei e comprovados junto a CBF, cabe realizar a apuração das despesas afim de que se possa estabelecer o controle dos custos da formação de atletas, e entender quais despesas estão diretamente envolvidas as atividades - custo direto ou variáveis, e quais são aquelas que não decorrem e independem das atividades de formação - custo indireto ou fixo.

Ao observarmos os quesitos necessários e que qualificam o clube como formador, podemos entender como custo direto ou variável aqueles relacionados ao treinamento desportivo:
  • Gastos na contratação e manutenção de profissionais técnico-desportivos especializados desde o almoxafire até o gerente responsável pelas categorias de base, passando pelos profissionais de comissão técnica, corpo médico-psico-social, pessoal técnico-administrativo e gatering - alimentação; 
  • aquisição de equipamentos, material desportivos, médicos e fisioterápicos, bem como, alimentos e suplementação nutricional; 
  • manutenção das instalações esportivas e de hospedagem, garantindo higiene, segurança e salubridade adequadas; 
  • gastos com participações em competições oficiais, mensalidade escolar. 

Já os custos indiretos ou fixos seriam aqueles decorrentes com atividades que não estejam ligadas diretamente a formação de atletas e envolvem o pagamento dos serviços públicos - luz, água, gás, telefone além daqueles realcionados a determinadas prestações de serviço, tais como, segurança e manutenção patrimonial, serviços administrativos diversos, coleta seletiva de lixo, taxas e impostos.


Mas até que ponto é possível determinar o custo unitário de cada jogador de base?

Determinar um custo unitário de cada jogador da base não parece ser algo tão fácil. Uma média simples levando-se em consideração o custo total de formação dividido pelo número de atletas acaba por distorcer o real valor.

Um modo mais aproximado seria estabelecer alguns critérios que levem em consideração a data de entrada do atleta no clube, as taxas relacionadas as competições nas quais ele participou, a quantidade de horas treinadas, o número de jogos no qual esteve relacionado, que jogou, quanto tempo jogou, quantos jogos ficou ausente e quais foram os motivos, no caso de contusão, quanto tempo esteve sob os cuidados do departamento médico, quantas horas esteve sob orientação psicológica ou social e os custos com formação educacional e alimentação diária.

Os índices de cada item seriam calculados levando-se em conta o valor da hora/trabalho dos profissionais envolvidos nas atividades acima, mais o custo médio referente a alimentação e aos custos fixos do centro de treinamento.

Exemplo:
Um atleta X entrou no clube em um dia qualquer, passando por avaliação médica preventiva por um período de duas horas. Almoçou, treinou com a equipe da sua categoria por tres horas, lanchou, foi para escola, ao retornar, jantou e foi dormir.

Como seria feito o cálculo deste dia:
Levando-se em conta que durante a avaliação médica esteve sob os cuidados de um médico (30,00H/T) e um enfermeiro (15,00H/T) e que durante a sessão de treinamento esteve sob os cuidados de um treinador (45,00H/T), um treinador adjunto (30,00H/T), um preparador físico (25,00H/T), um fisioterapeuta (25,00H/T), um almoxarife (10,00H/T). Almoçou, lanchou e jantou a um custo de 10,00 por refeição. O custo por escola/dia é de 15,00, podemos realizar o seguinte cálculo:

Custo/Dia (Atleta X) = 2(Custo Total DM) + 3(Custo Total CT) + Custo Alimentação + Diária Escola

De onde poderemos obter:
Custo/Dia (Atleta X) = (2X45,00)+(3X135,00)+30,00+15,00 
Custo/Dia (Atleta X) = R$540,00

Como se pode observar, também não é tão difícil quantificar o custo unitário de cada jogador, e sim trabalhoso.

Outro aspecto a ser levado em consideração é o rendimento do montante gasto na formação de cada jogador se o mesmo fosse investido em uma aplicação financeira. isto serviria como parâmetro de controle e avaliação quanto a rentabilidade do investimento feito na formação.

Embora o processo de formação seja individualizado, bem como a elaboração do custo de cada atleta, devemos nos lembrar que, nos casos de desportos coletivos, seria necessário acrescentar o custo médio da equipe na categoria na qual o atleta se encontra, no seu custo individual.

12 de set. de 2012

Quem depende de quem


Existe uma relação interessante na negociação de direitos de transmissão televisiva para eventos esportivos no Brasil, em especial, no futebol.

O esporte é um conteúdo mais valioso para os meios de comunicação, pois é o único que possui uma linguagem universal capaz de superar qualquer barreira cultural, idiomática ou linguística.

Por outro lado, as emissoras necessitam cada vez mais deste conteúdo embalado em formato audio visual para gerar a maior audiência possível decorrendo maior arrecadação no mercado publicitário.

Ainda em estado bruto, e com a insistência na manutenção de práticas insalubres as suas finanças, dirigentes esportivos vendem seu diamante sem perceberem qual o seu real valor frente a demanda de quem o compra.

Uma vez, tratado de modo mais profissional e devidamente lapidado, o esporte ganharia maior valor agregado e inflacionado positivamente pela necessidade do comprador em manter sua audiência em níveis atraentes e que proporcionem o retorno desejado.

Daí o comprador aceitar ou não esta nova relação, será uma outra história, mas sabedor do real valor de seu produto, não seria a hora das mesmas entidades explorarem-no por si só?


13 de ago. de 2012

De Barcelona ao Rio

Em 1992, os EUA tiveram um excelente desempenho como de costume para, logo em seguida, em Atlanta aumentarem significativamente o número de medalhas.

Já em 2004, foi a vez da China, aumentando seu número de medalhas para atingir o topo na própria casa em 2008.

Nesta mesma edição, O Reino Unido já fazia seu dever de casa aumentando a participação de seus atletas em finais o que acabou por gerar a terceira colocação no ranking de medalhas em Londres 2012, somente atrás das grandes potências esportivas, EUA e China.

E o Brasil? Melhorou? Sim, e se formos relativizar, obteve um aumento de 50% em medalhas de ouro, 25% em medalhas de prata e 12,5% em medalhas de bronze. No total foram 3 medalhas a mais em relação a última edição perfazendo um ganho de aproximadamente 20%. Um desempenho, em números, muito bom.

O problema não está no fim. O COB, diga-se de passagem não fez mais que sua obrigação, disponibilizou toda a estrutura necessária ao atendimento dos atletas e equipes olímpicas, tendo, inclusive, colocado a disposição uma equipe multidisciplinar de profissionais para demandas necessárias a sua preparação neste ciclo olímpico, inaugurando junto com a prefeitura do Rio de Janeiro, seu primeiro centro de treinamento.

O mais grave problema está na ausência de políticas públicas de incentivo ao esporte que permitam estabelecer quem são seus atores e suas respectivas responsabilidades, bem como inserir a Educação Física como disciplina obrigatória no currículo do ensino infantil, fundamental, médio e universitário.

O principal e mais importante agente neste cenário, o professor de Educação Física, tem sido desprivilegiado, sem o devido reconhecimento e importância.

Mas isto não é o mais importante para um país que destina 7% do seu PIB para investir em Educação.

6 de ago. de 2012

O ouro, a prata, o bronze e o nada

A diferença entre o ouro, a prata, o bronze e o nada, não existe de tão próxima.

Ciclos olímpicos com quatro, oito, doze anos de dedicação ao alto-rendimento, por um centésimo, um segundo, um passo mal dado, esgotam-se no nada.

Nada este que difere daquele de quem não acredita poder realizar, de quem não dá o seu máximo para conseguir o seu melhor, mesmo em que nada redunda.

O mérito daqueles que sobem os degraus, que recebem os louros, que triunfam entre tantos de seus pares é justo e adequado, mas o esforço, a dor e privação de tantos outros também.

O esporte consegue promover valores morais e éticos vigorosos esquecidos no tempo por boa parte da população mundial, tornando-nos egoístas a ponto de não enxergarmos o meio a nossa volta.

Enalteçam-se os heróis, os mitos, as lendas olímpicas da atualidade, mas também sejam enaltecidos aqueles que ousaram estar ali, perseguindo seus sonhos mesmo não conseguindo subir os nobres degraus, pois eles nunca terão o nada, eles terão tudo.

4 de ago. de 2012

Olímpo


A maior graça em se tornar um campeão olímpico nos Jogos Antigos era usar a coroa de ramos e ser referenciado por todos até os Jogos seguintes.
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Na modernidade, o velho barão tentou a todo custo, investindo parte de sua fortuna, manter um ideal maior quase ufanista.

No hoje contemporâneo, esbarramos com a sofridão alheia daqueles que desejavam ir mais, querer mais.

Esbarramos na ciência de heróis reconhecendo o valor e a honra dos louros, transformando o jogo numa saga.

Encontramos num encabulado atleta, o herói se tornando o mito e o mito em lenda, que quando batido, provavelmente, não estaremos mais por aqui.

Mas, também esbarramos naqueles que não se deixam tocar por valores tão altruístas e abrem mão da disputa, da realização, sabe-se lá por quê.

2 de ago. de 2012

O esporte desculpa-se


É um erro imaginar que só pelo fato de provermos uma estrutura eficiente em Londres, nossos atletas chegariam ao pódio. Para o COB, fornecer tamanha estrutura é uma obrigação.

Nosso maior problema está no Sistema Nacional do Desporto.

Está na falta de uma política nacional específica, estabelecendo responsabilidades e diretrizes sobre fomento, iniciação, desenvolvimento e aprimoramento das diversas modalidades esportivas sob aspectos sociais, acadêmicos, econômicos e de al
ta performance.

Só assim, um dia teremos todos os nossos talentosos atletas nos pódios olímpicos somando um número ímpar de medalhas.

Independente do quão distante eles tenham ido neste ciclo olímpico, devemos parabenizar todos nossos atletas pelas privações, pelos esforços, pelas dores, pelo prazer, pois, cada um deles, são merecedores de muito mais do que obtiveram.

25 de jul. de 2012

Ode au Sport

I.

O Sport, plaisir des Dieux, essence de vie, tu es apparu sou- dain au milieu de la clairière grise où s’agite le labeur ingrat de l’existence moderne comme le messager radieux des âges

évanouis, de ces âges où l’humanité souriait. Et sur la cîme des monts, une lueur d’aurore s’est posée; et des rayons de lumière ont tacheté le sol des futaies sombres.

II.

O Sport, tu es la Beauté ! C’est toi, l’architecte de cet édifice qui est le corps humain et qui peut devenir abject ou sublime selon qu’il est dégradé par les passions viles ou sainement cul- tivé par l’effort. Nulle beauté n’existe sans équilibre et sans proportion et tu es le maître incomparable de l’un et de l’autre car tu engendres l’harmonie, tu rythmes les mouvements, tu rends la force gracieuse et tu mets de la puissance dans ce qui est souple.

III.

O Sport, tu es la Justice ! L’équité parfaite en vain poursuivie par les hommes dans leurs institutions sociales s’établit d’elle- même autour de toi. Nul ne saurait dépasser d’un centimètre la hauteur qu’il peut sauter ni d’une minute la durée qu’il peut courir. Ses forces physiques et morales combinées déterminent seules la limite de son succès.

IV.

O Sport, tu es l’Audace ! Tout le sens de l’effort musculaire se résume en un mot : oser. A quoi bon des muscles, à quoi bon se sentir agile et fort et cultiver son agilité et sa force si ce n’est pour oser ? Mais l’audace que tu inspires n’a rien de la témérité qui anime l’aventurier lorsqu’il livre au hasard tout son enjeu. C’est une audace prudente et réfléchie.

V.

O Sport, tu es l’Honneur ! Les titres que tu confères n’ont point de valeur s’ils ont été acquis autrement que dans l’absolue loyauté et dans le désintéressement parfait. Celui qui est par- venu par quelque artifice inavouable à tromper ses camarades, en subit la honte au fond de lui-même et redoute l’épithète infamante qui sera accolée à son nom si l’on découvre la super- cherie dont il a profité.

VI.

O Sport, tu es la Joie ! A ton appel la chair est en fête et les yeux sourient; le sang circule abondant et pressé à travers les artères. L’horizon des pensées devient plus clair et plus limpide. Tu peux même apporter à ceux que le chagrin a frappés une salutaire diversion à leurs peines tandis qu’aux heureux tu per- mets de gouter la plénitude du bonheur de vivre.

VII.

O Sport, tu es la Fécondité ! Tu tends par des voies directes et nobles au perfectionnement de la race en détruisant les ger- mes morbides et en redressant les tares qui la menacent dans sa pureté nécessaire. Et tu inspires à l’athlète le désir de voir gran- dir autour de lui des fils alertes et robustes pour lui succéder dans l’arène et remporter à leur tour de joyeux lauriers.

VIII.

O Sport, tu es le Progrès ! Pour te bien servir, il faut que l’homme s’améliore dans son corps et dans son âme. Tu lui imposes l’observation d’une hygiène supérieure; tu exiges qu’il se gare de tout excès. Tu lui enseignes les règles sages qui don- neront à son effort le maximum d’intensité sans compromettre l’équilibre de sa santé.

IX.

O Sport, tu es la Paix ! Tu établis des rapports heureux entre les peuples en les rapprochant dans le culte de la farce con- trôlée, organisée et maîtresse d’elle-même. Par toi la jeunesse universelle apprend à se respecter et ainsi la diversité des qua- lités nationales devient la source d’une généreuse et pacifique émulation.

*Pierre de Coubertin

13 de jul. de 2012

Projeto de patrocínio

Muitas vezes elaboramos um projeto esportivo e saímos por aí prospectando patrocinadores.

Apresentamos nosso projeto, seu apelo, as possibilidades de visibilidade da marca ou do produto do patrocinador nos diversos espaços destinados.

Enfatizamos um melhor custo benefício com relação as mídias tradicionais e o fato de se agregar os valores do esporte a marca.

Mas, na maioria das vezes, esquecemos de pensar uma questão primordial: como o patrocinador ganhará dinheiro veiculando sua marca ao projeto esportivo.

Ao achar que estamos apresentando uma solução, estamos levando um problema.

Se nos debruçássemos um pouco mais sobre nossa proposta, estudássemos cada potencial patrocinador e seus produtos, poderíamos elaborar uma proposta financeiramente viável que apresentasse um plano para viabilizar o retorno financeiro que, no mínimo, custeasse os gastos do patrocinador com o projeto.

Deste modo, problema e solução prontos, as chances de sucesso na prospecção aumentariam.

27 de jun. de 2012

Quando entidades esportivas perdem o momento

O remo com os irmãos Carvalho, o tênis com Maria Esther Bueno e Guga Kuerten, a equitação com Rodrigo Pessoa, a natação com Djan Madruga, Ricardo Prado, Gustavo Borges e Cesar Cielo, a ginástica artística com Luísa Parente, irmãos Hipólito e Diane dos Santos, o basquete com Hortência, Magic Paula, Marcel e Oscar, a stock car - principal modalidade automobilística no país, o volei de bronze, prata e ouro, o futebol pentacampeão mundial.

Oportunidades perdidas 

Todas as modalidades repletas de projetos esportivos mal explorados ou desenvolvidos pela falta de um olhar mais global e geral por parte de seus gestores, que não entenderam ou não desejaram tornar suas respectivas disciplinas como setores da indústria do esporte e acabaram por perder oportunidades diversas decorrentes da ascensão de seus talentos esportivos, seja individuais ou coletivos, pelo êxito de suas conquistas exaltado pela mídia em geral e comemorado pela população.

Receitas significativas 

Só recentemente, o esporte é visto como um mercado capaz de gerar receitas significativas que vão além da simples exposição de marcas nos uniformes ou da venda de direitos televisivos.

No futebol, devido a seu grande apelo nacional, tal fato torna-se ainda mais evidente, quando clubes reféns de patrocinadores e emissoras de televisão tornam-se, economicamente inviáveis quanto ao sustento e manutenção de suas equipes quando investidores perdem seu interesse comercial.

Um caso de sucesso ou fracasso

Um dos primeiros exemplos de sucesso de parceria entre um clube de futebol e uma empresa foi o caso Palmeiras-Parmalat, quando a empresa buscava um modo de ganhar uma maior participação no mercado de laticínios e derivados.

Seu principal objetivo era crescer rápido. Ao associar-se ao clube, o evidente apelo emocional do futebol junto a comunidade italiana.

Tal parceria revelou ser um sucesso, quando o clube recobrou seu caminho de vitórias e conquistas esportivas nos anos que se seguiram através do aporte financeiro feito pela empresa na aquisição de jogadores, enquanto a empresa aumentava sua participação no mercado de laticínios.

Mas por que o caso é tratado aqui? Não o foi um caso de sucesso? Muito bem elaborado, desenvolvido e executado? Sim e não.

Sim pelo fato já citado acima. Não porque o clube não aproveitou a oportunidade e tratou de fazer o devido “dever de casa” organizando-se de modo a não depender financeiramente da empresa parceira.

Este fato se mostrou mais claro, quando a empresa teve problemas organizacionais e deixou a parceria. Logo, demandas anteriores a parceria tornaram-se evidentes novamente no clube.

Este caso leva a outro ainda mais recente e presente: Fluminense-Unimed.

Mais uma vez o modelo se repete e com um agravo: maior interferência da parceira na gestão do futebol no clube e no fato de não haver preocupação com o desenvolvimento de novas práticas comerciais e busca de novos parceiros comerciais, gerando uma fonte de receita mais substancial.

Pensamento estratégico

A obrigação destas entidades esportivas não está mais somente no suporte logístico a formação e desenvolvimento de seus atletas, mas na elaboração de um pensar estratégico mais amplo onde questões referentes a prospecção de novos negócios, bem como a elaboração de novas propostas de fontes de receita capazes de suprir não só seu grande custo operacional, mas gerar lucro suficiente para o reinvestimento na atividade fim, bem como promover uma certa independência financeira com relação a seus parceiros comerciais e demais atores do mercado esportivo.

Práticas sustentáveis, governança corporativa, transparência contábil devem ser premissas nos novos modelos de gestão a serem adotados.

A interdepartamentalidade na elaboração e execução do planejamento da temporada também. As ações comerciais desenvolvidas pelo marketing devem estar em sintonia com as atividades relacionadas a prática esportiva durante a temporada, e ambas com os objetivos e estratégias da entidade esportiva em questão.

25 de jun. de 2012

Resultado dentro e fora das arenas esportivas

A profissionalização de uma entidade esportiva implica na adoção de modelos capazes de gerir, eficientemente, seus recursos, reduzindo seus custos, maximizando suas receitas, com o objetivo de atingir sua melhor performance esportiva ao longo de sucessivas temporadas.

Para tanto, sua estrutura gerencial deve assemelhar-se daquelas comuns as empresas, sem traços amadorísticos ou paixão exacerbada.

Com competência reconhecida quanto a sua formação e conhecimentos específicos em cada área relacionada direta ou indiretamente as disciplinas esportivas praticadas.

Mas esta não é a realidade da maioria das entidades esportivas no Brasil, seja ela administrativa ou de prática.

No segundo caso, com especial atenção nos clubes de futebol, persiste o amadorismo apaixonado na alta-gestão, levando a tomada de decisão para fora de um processo racional.

Neste contexto, o conflito entre o gestor amador apaixonado e o treinador racional profissional exacerba-se quando resultados da equipe não refletem a espectativa da direção e da torcida.

Em tal cenário, tanto a formação quanto a competência técnica e científica do treinador esportivo ganha relevância fundamental no processo, no que tange a coordenação e a direção das atividades pertinentes ao andamento da equipe durante a temporada.

Sua decisões, quanto a seleção de elenco, promoção de jovens talentos, dispensa, renovação e contratação de atletas, bem como o planejamento das atividades a serem realizadas na temporada, vão ao encontro do orçamento e do uso de recursos a serem disponibilizados de modo a se atingir o sucesso esportivo desejado.

Aidar cita em seu artigo que segundo alguns estudos da consultoria inglesa Delloite não existe uma forte relação entre o lucro e a performance em campo, embora outros, citados no mesmo artigo, sugerem que possam existir, ao menos, dois relacionamentos fundamentais que serviriam para ilustrar a equação entre os gastos com salários e o sucesso competitivo, bem como o sucesso competitivo e a geração de receitas, indicando que, no primeiro caso, sua correlação foi bastante significativa evidenciando um funcionamento eficiente do que foi chamado de “mercado por jogadores” onde a despesa com salários e o desempenho competitivo sugere a importância do primeiro nos resultados esportivos na temporada.

Já com relação ao sucesso competitivo a obtenção de receitas, a análise de Szymanski e Kuypers, mencionado por Aidar em seu artigo, demonstrou a relevância deste relacionamento ao explicar a lógica do negócio para clubes de futebol, indicando um “mercado por torcedores”.

Sua explicação fica por conta da diversificação de receitas - TV, patrocínio, marketing, etc. - além da tradicional arrecadação na bilheteria, atentando para o detalhe que apesar do imaginário refletir uma fidelização dos torcedores, existe uma relação volúvel, semelhantes aos jogadores, por ambos serem dirigidos pelo sucesso.

Trazendo para os dias atuais, tal justificativa se mantém fiel ao serem observados os resultados obtidos com a geração de receitas conforme a Delloite Football Money League, onde Real Madrid e Barcelona lideram o topo do ranking somando juntos cerca de 930 milhões de euros.

Destaque para bilheteria, ou seja, a audiência nos estádios, onde o Real Madrid faturou 123,6 milhões de euros, Barcelona 110,7 milhões e Manchester United com 120,3 milhões. Que somada as receitas obtidas com os direitos de televisão, reforçam o sucesso esportivo dos três clubes a época do estudo.

Em outro estudo, demonstra dados históricos sobre receitas de vinte clubes de futebol no Brasil onde nos últimos cinco anos houve um significativo aumento tanto da receita total e quanto dos ganhos sem a transferência de atletas.

Os vinte clubes analisados neste estudo geraram uma receita total de 2,14 bilhões de reais o que representa um aumento de 27% em relação a 2010.

Quando descontadas as receitas obtidas com a transferência de atletas, este valor atingiu 1,8 bilhão de reais com um incremento de 133% frente ao resultado obtido em 2007, identificando o potencial econômico das diversas fontes de receitas dos clubes quando exploradas de modo mais eficiente.

Tais estudos refletem e caracterizaram uma volátil relação entre resultados esportivos, aumentos de receitas e gastos salariais.

Neste cenário, independente qual seja o modelo adotado por uma entidade esportiva, seja corporativo ou associativo, seus resultados esportivos alcançados em temporadas sucessivas revertem, de modo significativo, em fontes de receitas oriundas de novos e melhores acordo comerciais, enquanto um mal resultado imediato pode gerar um decréscimo temporário em virtude do comportamento volúvel do torcedor, decorrente de fator emocional.

Isto comprova que as decisões tomadas pelo treinador ao longo da temporada refletem diretamente no custo e nas receitas da entidade esportiva em questão.

Sua participação em competições com mais visibilidade e alcance com referida obtenção de resultados esportivos expressivos no curto e médio prazos refletem na aquisição de maiores e melhores receitas no longo prazo permitindo o reinvestimento de parte delas em suas equipes esportivas, seja no desenvolvimento de novos e promissores talentos, na melhor remuneração de seus atletas e treinadores proporcionando a manutenção do talento, ou ainda, uma relação mais equilibrada que permita uma melhor negociação de suas propriedades comerciais junto aos demais atores do mercado, gerando uma espiral ascendente vencedora.

Somente com a reunião de uma equipe multidisciplinar, onde a comissão técnica e os departamentos financeiro, jurídico, RH e marketing tenham representantes a fim de deliberar sobre o planejamento das atividades pertinentes a temporada esportiva de modo que haja total integração e interação departamental referente as atividades a ações a serem realizadas, onde tanto os objetivos comerciais e esportivos sejam alcançados.

Deste modo o treinador bem formado e informado poderia adequar seus métodos de trabalho e agir baseado nos parâmetros estabelecidos onde suas atribuições estariam voltadas para performance competitiva da sua equipe visando tanto a formação de novos talentos (redução de custos), quanto a obtenção de resultados esportivos relevantes tanto dentro das arenas esportivas, redundando no aumento significativo de receitas.

Referências:
_____. 2010/11Barcelona regressa ao topo da Europa. Disponível em: http://pt.uefa.com/uefachampionsleague/season=2011/index.html. Data de acesso: 01/06/2012.
_____. Classificação final do campeonato brasileiro série A 2011. Disponível em: http://cbf.com.br/competicoes/campeonato-brasileiro/serie-a/2011. Data de acesso: 01/06/2012.
_____. Clasificación Temporada 2010/11. Liga Nacional Primera Division. disponível em: http://www.rfef.es/index.jsp?nodo=92. Data de acesso: 01/06/2012.
_____. Premiere League 2010/11 Season. Disponível em: http://cde.cerosmedia.com/1J4e26cfd9df8c1624.cde. Data de acesso: 01/06/2012.
_____. Receitas dos Clubes de Futebol do Brasil. Edição 2011. BDO, 2012.
_____. Valor das Marcas dos Clubes de Futebol do Brasil em 2011: prévia do estudo anual da BDO sobre finanças dos clubes. BDO, Maio 2012.
AIDAR, A.C.K. A Transformação do Modelo de Gestão no Futebol. Relatório de Pesquisa Nº16. EAESP/FGV/NPP, 2000.
CUNHA, F. A. Técnico de Futebol: a arte de comandar. Rio de Janeiro: Prestígio, 2010. 198 p.
FARIA, C.E.P. Ciclo do fracasso constante pode ser detido pela espiral vencedora. Disponível em: http://www.universidadedofutebol.com.br/Artigos/2012/03/1,15315,CICLO+DO+FRACASSO+CONSTANTE+PODE+SER+DETIDO+PELA+ESPIRAL+VENCEDORA.aspx?p=4. Data de acesso: 31/05/2012.

4 de jun. de 2012

Garoto carente

O talentoso garoto bom de bola carecia da presença paterna substituída pelo frustrado irmão que realizou seu desejo na carreira do primeiro.

Menino mimado pelas mulheres da família, diga-se mãe e irmã, que não permitiram o crescer amadurecido, permanecendo sempre verde para vida.

O brilho de suas jogadas em campo levou-o a topo do mundo duas vezes e aí, no auge, quando deveria tomar rédeas sobre sua existência, pereceu.

Forçado pelo mimo e pela frustração daqueles que carregava nas costas, não porque não o desejasse, sucumbiu a pressão interna.

Quando esperava suporte, não teve. Quando esperava orientação, equívoco.

Isto nos faz lembrar a origem da maioria dos jogadores de futebol e atletas em geral. Humildes e pobres, pais jogam a responsabilidade da família na necessidade do sucesso do filho, sua fama e dinheiro, invertendo a lógica, passando o filho a sustentá-los.

Algumas destas, mesmo possuindo pouco ou quase nada, mantém fortes valores morais e éticos, gerando filhos conscientes e capazes de agirem sozinhos, reconhecedores de seus esforços para que atinjam algo melhor do que seus pais conseguiram.

Outras, simplesmente, esquecem de educá-lo para o mundo e ao menor traço de sucesso, agarram-se em suas pernas e braços como bóia de salvação em meio a um oceano revolto.

A verdade é que pouco de nossos grandes atletas são preparados para o sucesso atingido, menor ainda é a quantidade de familiares que entendem que tal sucesso, apesar de próximo, lhe é alheio, portanto, não sendo seu.

22 de mai. de 2012

República Popular do Corinthians



Descobriram que mais importante do que saber o número da massa de torcedores, é desenvolver uma inteligente estratégia para tornar esta massa em real consumidores de produtos e serviços, gerando fontes de receitas, saindo do ciclo do fracasso constante e adotando a espiral ascendente vencedora.

Este caso é uma prova real do retorno que se pode obter quando há vontade política para investir no Marketing da entidade esportiva, garantindo um robusto e sofisticado suporte as suas ações.

Que o país seja dividido em várias repúblicas e que todas atinjam o mesmo sucesso.

18 de mai. de 2012

Futebol, sofá e café

Venho percebendo o fim da minha resistência para assistir jogos de futebol e acho que deve acontecer com outras pessoas também.

Os jogos já perderam a audiência ao vivo, lá no estádio, ocasionado a redução do faturamento na bilheteria e a impossibilidade de realizar ações comerciais ou promocionais a fim de otimizar resultados financeiros e gerar novas fonte, deixando o evento com uma cara inexpressiva sem aquela atmosfera competitiva. Pouco se houve os gritos das torcidas.

Agora, perdem a audiência televisiva... Ok, as emissoras se defenderão alegando que atingiram tantos pontos naquele horário e estarão corretas em sua análises. Mas será que o espectador está do outro lado da tela?

Luto para permanecer acordado. Antes do jogo, sento a frente da TV ansioso pelo início da partida e, mesmo antes de terminar o primeiro tempo, Morfeu me cutuca várias vezes.

O segundo tempo começa, termina, vem os comentários e lá para duas da manhã, desperto amarrotado e com torcicolo, indo para cama tropeçando.

Do mesmo jeito que acontece comigo, deve acontecer com tantos outros que não agüentam mais a realização dos jogos tão tarde da noite. A televisão está ligada, mas a audiência não.

Mais uma vez, vou bater na mesma tecla, falar sobre o mesmo assunto, gritar para que alguém escute e mude o paradigma atual.

As entidades esportivas, sejam administrativas, sejam de prática, devem possuir uma robusta área comercial capaz de ir a mesa de negociações com emissoras, patrocinadores, agências e demais atores; e trabalhar arduamente pelo melhor resultado possível, não permitindo abusos e excessos contratuais da contra-parte.

Esporte de alto-nível é entretenimento, provido de conteúdo emocional suficiente para mobilizar multidões. Emissoras, patrocinadores, agências sabem disto. O mercado cultural também, tanto que o Cirque de Soleil revolucionou o circo ao criar uma atmosfera emotiva associada a performance dos seus atletas-artistas.

Quem vai dar o primeiro passo? Quem vai ser a ponta da lança? Inovar nos coloca a frente. Quando os demais perceberem, já estaremos surfando a onda, beneficiando-nos dos resultados.

Os produtores de café estão perdendo uma grande oportunidade.

14 de mai. de 2012

Estaduais

Em estudo realizado sobre o faturamento dos clubes de futebol durante os estaduais em quatorze estados na temporada 2011 realizado pela Brunoro Sports Business foram levados em consideração três aspectos geradores de receita: bilheteria, direitos televisivos e patrocínio.

Os dados analisados totalizaram R$ 372 milhões, dos quais 200 milhões foram gerados no eixo Rio-São Paulo, representando 54% do total.

Isolados, cariocas movimentaram 76,5 milhões e paulistas geraram 124 milhões. Já no Distrito Federal houve uma média de 170 mil por clube sem nenhuma receita da TV.

Um ponto em comum é o desinteresse pela compra de ingressos, onde a bilheteria responde por apenas 17% da receitas. No Rio 9%, em São Paulo 15%, mas é na contra-mão desta tendência que em Pernambuco, a venda de ingressos responde por 49% do valor total das fontes de receitas.

O estudo realça em números algo já esperado. A melhor gestão de estaduais cabe a Federação Paulista, não só por pagar melhor, mas por ter entre seus filiados uma quantidade significativa de clubes estruturados capazes de tornar a competição mais equilibrada.

Por sua vez é em Pernambuco onde a rivalidade clubística é capaz de levar um maior número de torcedores aos jogos. Chega a ser impressionante a performance do Santa Cruz, que mesmo durante sua campanha na Série D, lotava o Arruda tornando-se o clube com maior ocupação de lugares naquele ano em todas as séries do Brasileiro.

Tal evasão das torcidas no estádios decarreta, não só uma perda de receitas com a venda de ingressos mas de todas oportunidades oriundas de ações comerciais e promocionais pré, durante e pós-jogos.

A falta de conforto e acesso as arenas esportivas poderiam ser sua maior razão, mas não a única. A má negociação dos direitos televisivos entrega as emissoras o direito de escolher os horários dos jogos que, deliberadamente, são adequados as suas grades sem levar em conta a baixa audiência no estádio, tornando a ambientação da transmissão menos competitiva.

Cabe o devido aparelhamento de recursos e pessoal no departamento de marketing nos clubes de futebol, quebrando paradigmas, aumentando seu campo de visão enxergando-se como parte do mercado do entretenimento e aproveitando o alto componente emocional na relação com seu cliente: o torcedor.

11 de mai. de 2012

Altitude

Noutro dia escrevi um post entitulado "Pero no tan..." que trasncrevo abaixo para guiar voce leitor na linha de raciocínio que desenvolvo na sequência.

"Apesar das duas maiores competições continentais de clubes garantirem as vagas mais disputadas para o mundial interclubes, persiste uma grande diferença entre ambas.

UEFA Champions League garante a uma equipe que chega a fase de grupos (32 no total), cerca de R$ 18,1 milhões, mesmo se perder todos os jogos. Se estas vierem das fases de classificação, o valor sofre um acréscimo de 28%, indo para R$ 23,2 milhões.

Do outro lado do Atântico, um pouco mais para o Sul, até o campeão da Copa Libertadores recebe menos que os Top 32 da Champions. Na última edição, o Santos FC recebeu apenas R$ 7 milhões pelo título, segundo o Jornal Lance!.

Ainda assim, noticiado pelo mesmo periódico, Nicolás Leoz permanece há 26 anos a frente da Conmebol, sendo candidato único em todos os pleitos nos quais participou, afirma que seu cargo é vitalício conforme acordo costurado em congresso realizado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, à época da Copa América.

A questão está na satisfação dos dirigentes das dez associações filiadas a Conmebol com a gestão da entidade continental, o modo que trata suas principais competições, suas seleções nacionais e clubes, como também está na passividade dos dirigentes dos clubes junto a gestão de suas associações nacionais.

Falta vontade política, gestão profissional, coragem para mudança e quebra de paradigmas."

Altitude, 13º jogador de qualquer equipe sulamericana no Peru, Bolívia e Equador. O único outro local onde haveria a possibilidade acontecer um jogo oficial, se não me engano, é o Nepal.

Ora, como pode ser lido acima, o senhor Nicolás Leoz, agora presidente vitalício da Conmebol, a qual são afiliados os três primeiro países citados acima, parece não demonstrar nenhum interesse que tamanho absurdo atentado a vida de jogadores de futebol se perpetue por razões aparentemente óbvias.

Falta empenho das associações mais relevantes em pressionar a Conmebol a se posicionar favoravelmente a suspensão de jogos na altitude.

Parecem não se importar com a saúde de seus jogadores e a performance de seus clubes nas competições continentais, que, de um modo geral, são niveladas muito por baixo.

A prova categorica de que se trata de um estratagema obtuso foi a goleada magnífica do Santos FC contra o Bolívar no jogo de volta na Vila Belmiro.

8X0 para colocar a pá de cal.

10 de mai. de 2012

Great times




Videoclipe de Will.I.Am interpretando a música "Great times" vira campanha viral da Budweiser, patrocinador oficial da Copa do Mundo FIFA 2014, pegando carona na imagem do Rio de Janeiro, anunciando globalmente o bom tempo que virá através da exposição nacional nos grandes eventos esportivos que sediará nos próximos quatro anos.

8 de mai. de 2012

Esporte na Academia

Inspiradas pelas oportunidades advindas dos grandes eventos esportivos que serão sediados no Brasil nos próximos quatro anos, entidades esportivas e instituições de ensino investem em conjunto ou de modo isolado em cursos de atualização, informação, capacitação e formação de profissionais nas áreas de gestão, marketing e direito no esporte.

Cada uma a seu modo e jeito, promove uma revolução no modus operandi do mercado esportivo nacional, buscando qualificar gestores profissionais que estarão a disposição do setor brevemente.

Resta ao mercado, absorver tamanha mão-de-obra altamente qualificada.

7 de mai. de 2012

O melhor

Messi é o melhor do mundo jogando pelo Barcelona, eleito no referido pleito por profissionais de todas as partes do globo.

Mas será que conseguiria atingir tamanho êxito se disputasse defendendo um clube local, numa competição no Brasil ou ainda, em sua própria nação, Argentina?

Acredito que a visibilidade alcançada de seus dribles pela transmissão dos jogos do Barcelona, somada a realização de excursões e jogos preparatórios mundo afora garantem votos necessários a sua conquista individual.

Seria, então, a hora, dos clubes brasileiros, repensarem seu modo de negociar com emissoras de televisão, estabelecendo critérios específicos quanto aos direitos envolvidos, digo, TV aberta e fechada, transmissão nacional e para o exterior, internet, além das cláusulas que tratam sobre tecnologias de transmissão disponíveis ou que venham a ser disponibilizadas.

Definidas quais propriedades irão para mesa de negociação com devido e substancial embasamento, poderiam utilizar-se, não só da receita recebida, mas destas propriedades para promoverem-se globalmente, permitindo que talentos aqui revelados, aqui jogando, ganhassem o mesmo status daqueles que atuam nas principais ligas européias.

Talvez assim, teríamos uma reposta mais realista sobre quem é o melhor jogador da atualidade.

Apostaria que, se este fosse o cenário, Neymar seria eleito com o alto nível de jogo que vem apresentando.

Série D

"O presidente José Maria Marin está promovendo na CBF o salto de qualidade nas competições organizadas pela entidade, com o objetivo de dar ao Campeonato Brasileiro o mesmo grau de competitividade em suas quatro Séries..."

Um importante passo inserção de todos os estados nas competições nacionais de futebol. Saiba mais.



4 de mai. de 2012

Maldito FC

Todos aqueles que desejam trabalhar com futebol algum dia ou que já estejam trabalhando deveriam assistir este filme.


Ranking de Clubes

Sem dúvida nenhuma, o Barcelona é o melhor time do mundo e o ranking IFFHS comprova sua liderança com 367 pontos contra seu arqui-rival Real Madrid com 306 pontos que ocupa a segunda posição.

Entre os dez primeiros, quatro são espanhóis, três sulamericanos, um alemão, um inglês e um português.

O clube brasileiro mais bem classificado é o Vasco, aparecendo na décima posição (ocupava a 13ª anteriormente) com 235 pontos. O segundo é o Santos com 217 pontos caindo da sexta para décima segunda posição.

O terceiro clube brasileiro mais bem colocado é o Fluminense com 174 pontos, indo da trigésima sétima para quadragésima posição.

O quarto é o Corinthians que subiu da septuagésima quinta para quadragésima quarta.

Já o quinto é o Internacional com 165 pontos, um ponto a menos que o Corinthians, que caiu da trigésima sétima para quadragésima quinta.

3 de mai. de 2012

Pero no tan...

Apesar das duas maiores competições continentais de clubes garantirem as vagas mais disputadas para o mundial interclubes, persiste uma grande diferença entre ambas.

A UEFA Champions League garante a uma equipe que chega a fase de grupos (32 no total), cerca de R$ 18,1 milhões, mesmo se perder todos os jogos. Se estas vierem das fases de classificação, o valor sofre um acréscimo de 28%, indo para R$ 23,2 milhões.

Do outro lado do Atântico, um pouco mais para o Sul, até o campeão da Copa Libertadores recebe menos que os Top 32 da Champions. Na última edição, o Santos FC recebeu apenas R$ 7 milhões pelo título, segundo o Jornal Lance!.

Ainda assim, noticiado pelo mesmo periódico, Nicolás Leoz permanece há 26 anos a frente da Conmebol, sendo candidato único em todos os pleitos nos quais participou, afirma que seu cargo é vitalício conforme acordo costurado em congresso realizado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, à época da Copa América.

A questão está na satisfação dos dirigentes das dez associações filiadas a Conmebol com a gestão da entidade continental, o modo que trata suas principais competições, suas seleções nacionais e clubes, como também está na passividade dos dirigentes dos clubes junto a gestão de suas associações nacionais.

Falta vontade política, gestão profissional, coragem para mudança e quebra de paradigmas.

26 de abr. de 2012

Retorno ao Coliseo

A mídia reverbera comportamentos sociais. Programas televisivos e filmes exploram a bestialidade extrema chegando ao tosco humor sem sentido.

Modalidades esportivas também revelam, seja pelo aumento da sua audiência, como no caso do MMA, como com o comportamento brutesco da violência entre grupos de torcedores no futebol ou dos gritos preconceituosos nas partidas de volei.

Um retorno a barbárie, nivelada no mais baixo nível de valoração moral. Um retorno a principal praça de entretenimento da Roma Antiga, o Coliseo, onde o sacrifício de vidas de gladiadores-escravos e prisioneiros entregues as bestas serviam para aliviar as mazelas sociais de uma massa carente.

Fora das praças esportivas, qualquer agressão pode ser considerada crime, então por que, feita a identificação do torcedor agressor, não é feito o devido enquadramento criminal e não se leva adiante seu indiciamento?

Não é necessária qualquer lei específica para tratar do assunto quando já se tem publicado o Código Penal, ainda que meio caduco.

Cabe, unicamente, as autoridades policiais proceder como em qualquer crime cometido no dia-a-dia, retendo o infrator e encaminhando-o para devido indiciamento e processo penal, quando for o caso.

É obrigação e dever do estado zelar pela vida, pelo bem-estar do cidadão, pelo patrimônio público e pela propriedade privada. Para isso, deve haver um forte controle policial nos arredores e dentro das praças esportivas durante os eventos objetivando prevenir e coibir conflitos, atos de violência ou preconceituosos que firam o direito individual ou coletivo, infringindo a lei.

Mas de nada adianta, se não houver uma reversão na manutenção de valores morais tão baixos na sociedade atual. E o melhor caminho para tamanha e importante reversão é a Educação.


24 de abr. de 2012

Negociando direitos

"Atualmente, existem duas formas fundamentais de negociação: o modelo coletivo (normalmente negociado e explorado por uma entidade reguladora, geralmente a Liga de Futebol Profissional do país em questão, e as operadoras televisivas) e o mod...elo individual, em que cada clube é responsável pela negociação dos seus próprios direitos (modelo que prevalece em Portugal)." mais em Universidade do Futebol.

Antes de pensar sobre modelos de negociação de direitos televisivos, deveríamos discutir a estrutura administrativas das entidades esportivas e a ausência de pessoal qualificado e a falta de embasamento técnico na mesa de negociação.

Independente do modelo adotado, haverá um desequilíbrio sempre favorecendo o mais preparado, no caso, emissoras de televisão.

O modelo coletivo não fortalece e sim, favorece aos clubes de menor expressão acesso a uma fonte de receita substancial, enquanto o modelo individual só reforça o caixa dos grandes clubes, a exemplo do citado no artigo.

Sendo o mais importante haver planejamento e organização suficientes dentro da entidade esportiva, além de profissionais capacitados e estrutura de apoio capaz de analisar e valorar suas propriedades comerciais e potenciais utilizações das mesmas.

Esporte de alto-nível é entretenimento para audiência e assim é encarado pelas emissoras, patrocinadores e agências esportivas, fato este que nada se aproxima a mentalidade dentro das entidades esportivas que só se preocupam com o resultado na próxima rodada ou no próximo evento.

Campeonatos estaduais

O campeonatos estaduais servem como um grande preâmbulo para a temporada, sua abertura.

Se encarado deste modo, viveríamos toda a paixão bairrista exacerbada a cada fim-de-semana, a cada rodada, com arquibancadas repletas e diversos dérbis locais estimulando a sadia rivalidade clubista.

Resenhas esportivas pré e pós jogos, entrevistas chamando a atenção, horários e dias compatíveis, eventos paralelos antes, durante e após os jogos, campanhas de incentivos fiscais, serviços de qualidade nos estádios.

Torcedor e audiência tratados e respeitados como clientes e, os mesmos adotando um comportamento compatível fora e dentro das praças esportivas. Tudo na mais perfeita ordem ou na intenção de dar certo.

Interessados no fracasso dos estaduais podem ser aqueles quais que alcançam um maior custo benefício ao pagar muito menos do valor que pode ser alcançado.

E a solução surge de uma ideia não muito bem trabalhada numa breve reunião entre dirigentes.

Um tiro no pé de todos os atores participantes, no qual, a miopia imediastista suplanta a visão plena de ganhos maiores num futuro próximo.

Pena!

20 de abr. de 2012

Greves, Copa e Olimpíada

O coordenador de relações sindicais do DIEESE, o economista José Silvestre Prado de Oliveira, em nota da coluna de Ancelmo Gois (15/04), chama atenção para sucessivas greves ocorridas nos canteiros dos estádios e aquelas que ainda irão ocorrer até 2014.

Pelo andar da carruagem, esta movimentação pode chegar até 2016 em função dos Jogos Olímpicos.

Assim como ocorrido na África do Sul em 2010, prazos apertados favorecem tal manifestação reinvidicatória e colocam na mão proletária a faca e o queijo.

É só cortar, servir com um pão francês quentinho e uma média.

Liderança: escolha no esporte


Embora eu acredite que a melhor forma de escolher novos líderes seja através da identificação de potenciais dentro da organização, isso não acontece de um modo sistemático no mercado esportivo, principalmente no futebol, minha área de atuação profissional.

Aqui, gestores se alternam por clubes e entidades administrativas sem haver grande renovação, não existindo um olhar da alta gestão para dentro de sua instituição com um objetivo de detectar tal liderança potencial preferindo, quando surge algum novo líder, contratá-lo baseado no sucesso alcançado na temporada.

Infelizmente, persiste o perfil amador-apaixonado na alta gestão destas entidades, dificultando uma ação mais corporativa, baseada no planejamamento e no alcance das metas e objetivos estabelecidos tanto dentro quanto fora das pistas, quadras e gramados.

O mercado sofre e carece de gestores profissionais, negociações são tendem a beneficiar sempre um dos lados da mesa, sendo os maiores perdedores, as entidades esportivas.

19 de abr. de 2012

O melhor trabalho do mundo



Em uma sacada inteligente, a P&G, patrocinadora dos Jogos Olímpicos em Londres 2012, homenageia aquelas que fazem do trabalho mais difícil do mundo, o melhor trabalho do mundo, ser mãe.

18 de abr. de 2012

Rankings 2011


O IDH e o PIB de um país podem estar um tanto fora do contexto esportivo, especialmente quando se trata em analisar performance de uma seleção nacional e sua posição no Ranking Coca-Cola/FIFA.

Mas, ao contrário do que possa parecer, é justamente esta análise que revela o quanto o Brasil ainda está distante para se tornar uma potência mundial.

Nossa monocultura esportiva, com poucas modalidades inseridas dentro do mercado esportivo dominado pelo desporto bretão, reflete um pouco da miopia nacional quando observados números absolutos, ou melhor, percentuais de crescimento e investimentos sem que se saiba seus valores reais e o quanto se está aquém, não do ideal, mas do razoavelmente aceito.

Ao se observar a comparação a cima, pode-se perceber tamanha distorção na performance das seleções com relação ao PIB de seu país, e mais, com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano, mostrando que nem sempre a prática esportiva de alto-nível reflete a realidade social e a preocupação governamental em manter altos padrões de qualidade no atendimento a seus cidadãos.

Outro ponto interessante, revela a dimensão de países continentais ou grandes em territórios em suas regiões geográficas e que nem por isso detém uma posição privilegiada.

No IDH, prevalece o esforço de Holanda e Alemanha, ambos destruídos pela Segunda Grande Guerra e que souberam reverter tamanha desgraça graças ao investimento em educação, saúde e ao fomento desenvolvimentista, o que acabou por levar a Alemanha a quarta posição no ranking PIB e a ser o sustentáculo economico europeu, sem perder sua privilegiada posição no Ranking FIFA e sendo a única a figurar entre os dez primeiros nos três rankings.

Enquanto isso no Brasil, no jeito de ser de seus líderes políticos, empurram-se obras públicas e investimentos na reestruturação de parques esportivos para os grandes eventos os quais serão sediados neste país, sem haver a devida preocupação em aproveitar uma chance única e triplicada para reverter tal política em ações concretas que deixem o tão aplaudido e alarmado legado.

Legado este, que traga realmente benefícios a população, a economia e ao país, e não ao bolso de corruptos e seus corruptores.



17 de abr. de 2012

FPF X FERJ

FERJ


Enquanto a Federação de Futebol Carioca respeita o acordo estabelecido e indicia Zagallo para vice-presidência da Região Sudeste da CBF, a FPF rejeita sua indicação e lança indicação misteriosa, mostrando seu interesse em ganhar espaço ainda maior dentro da entidade nacional.

Sabia mais na matéria publicada pela agência Reuters.

16 de abr. de 2012

O Peixe que nada com tubarões

Romário vem surpreendendo a todos aqueles que duvidavam de sua capacidade em nadar no aquário de tubarões em Brasília.

Para muito dos eleitores, ele seria mais um a se beneficiar das beneces e verbas destinadas ao legislativo, ledo engano.

Como um, senão o mais ativo parlamentar, mantém a sua língua afiada dentro de um discurso focado em três linhas: Fiscalização das Obras para Copa do Mundo, Direitos dos Portadores de Deficiências e o Combate ao uso do Crack.

Com seu modo, concedeu entrevista a revista Rolling Stone, ratificando sua conduta exemplar como legislador.

Agora quem da bola é o Santos


Ações de marketing e de RP para comemorar o Centenário Santista envolve não só o clube como seus parceiros comerciais.

Assista ao trailer do filme Santos: 100 anos de futebol-arte.

13 de abr. de 2012

As três afirmativas


Afirmativa 1.
Todo o ser humano é o único e exclusivo responsável por sua imagem, pela sua voz e pelo seu comportamento, independente da influência do meio ou de outrem.

Afirmativa 2.
Todo atleta, enquanto ser humano, submete-se a primeira afirmação. Sua dedicação total a modalidade escolhida é de sua inteira responsabilidade, independente dos resultados obtidos.

Afirmativa 3.
Todo o jogador de futebol, enquanto ser humano e atleta, submete-se a primeira e a segunda afirmações e sua conduta dentro e fora de campo está única e exclusivamente sobre seu domínio, sendo de sua inteira responsabilidade.

Não existe outras afirmativas contrárias.

10 de abr. de 2012

Make it count!

Video viral de campanha para Nike provando que existem formas diversas além do pensar convencional.

Uma bela amostra do que realmente conta na vida.

Beija-mão

Em coletiva na segunda-feira última, o presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou Patríci Amorim como chefe da delegação da Seleção Feminina a Londres.

Quanto a Mano, colocou dúvidas sobre sua permenência caso fracasse nos Jogos.

O mais interessante, foi a presença de presidentes e vice-presidentes de clubes (leia-se Atlético Mineiro, Atlético Parananese, Cruzeiro, Coritiba, Figueirense, Náutico, Sport, Santa Cruz, Vitória e Grêmio)  reinvidicando uma assessoria especial que garanta uma representatividade dos clubes na CBF.

A todos, Marin, adota o discurso político de que se depender de suas atitudes fará o possível para manter uma boa relação com todos atendendo suas reinvidicações, mas não espera reciprocidade, refereindo-se as federações "rebeldes", entre elas a FERJ.

No final anunciou a acomodação da sede da CBF junto com a do COL. Para que?

23 de mar. de 2012

Os novos gladiadores

Não sou um expert em lutas, o máximo que fiz foi praticar Judô quando criança, cheguei até a laranja, participando de algumas algumas edições do campeonato estadual e só.

Vejo o MMA como um mero espectador, mero não, como um espectador que trabalha no mercado esportivo e acabei por perceber algumas coisas bem interessantes.

Todo mundo trata o Pride, Strike Force, Jungle Fight e, principalmente, o UFC como uma competição esportiva. Ledo engano.

Vou me ater ao mais conhecido deles, o UFC.

Este não tem nada a ver com uma competição esportiva, não fora das grades do octógono. Não é uma associação, nem menos uma entidade esportiva.

Trata-se de uma empresa, de um negócio que atualmente vale 1 bilhão de dólares e foi comprado pelos herdeiros de cassinos em Las Vegas e irmãos americanos Frank e Lorenzo Ferttita, por indicação de seu amigo e sócio Dana White - o Don King do MMA pela soma de 2 milhões de dólares do criador Rorion Gracie. Mais informações leia a Veja.

Já habituados a receberem grandes lutas de boxe em seu cassinos, trataram logo de introduzir algumas regras que tornaram o "dois entram é só um sai" em um evento mais agradável aos olhos do espectador, que desde os primeiros embates atléticos nos Jogos da Antiguidade é ávido por assistir violência controlada.

Atenuada e controlada a violência exercida pelos atletas, resta transformá-los em gladiadores contemporâneos. Heróis, titãs e suas musas míticas que fascinam a humanidade e criam uma atmosfera com alta carga emocional, cativando uma legião de seguidores, praticantes ou leigos.

Confesso que fico fascinado quando assisto alguma das lutas, principalmente aquelas com alto nível técnico e que são finalizadas sem espalhar muito sangue.

Não existe então um campeonato mundial de MMA, não no sentido técnico e literal. A seleção dos atletas para os combates são arranjadas de modo que satisfaça sua audiência e previna que haja uma super-exposição dos melhores ativos do UFC.

O que existe é um mega evento global que é assistido de todos os jeitos e modos em qualquer canto da Terra, no qual os maiores beneficiados são seus donos que sabem muito bem como vender seus direitos e propriedades, principalmente quando negociando com emissoras de TV.

Destas propriedades, incluem-se o Pride e o TUF, reality show onde duas equipes lideradas por atletas renomados, enfrentam-se a fim de se estabelecer "the ultimate fighter".

Será que o futebol brasileiro pode aprender com mais um exemplo e ir além do patrocinar lutadores de MMA?



11 de mar. de 2012

Um salto para queimar a minha língua

Nunca tinha ouvido falar nele, quando o vi preparando-se para o salto, comentei: "Lá vem essa estória de ficar pedindo palmas para ditar ritmo…"

Paguei feio pelo que disse, aquele rapaz de braços e pernas longas arrancava para um espetacular salto em distância que lhe garantiu 8,23 metros e isso porque pisou muito antes da tábua, senão poderia ter ido ainda mais longe.

Comentei após o salto: "Queimei a minha língua."

Justo eu que sempre gostei de praticar esportes individuais, que sei do esforço e dedicação necessários, fui fazer um comentário injusto sobre aquele que deveria ser tratado com respeito pelo que faz, independente qual seja seu resultado.

Continuei assistindo empolgado com a disputa, novo salto e a marca se repete. Os três últimos saltadores eram os melhores da série. O australiano salta e iguala a marca de 8,23m. Já o russo com 8,22m, não consegue fazer um bom salto. Falta o americano… Ah, o americano.

O cara acelera, ganha velocidade e salta passando a marca de 8,23m. De longe aquele magrelo comprido, com 1,83m e apenas 69kg, não percebe que o americano havia queimado o salto e quando se vira é só comemoração.

Temos um campeão mundial indoor de salto em distância. Mil desculpas Sr. "Duda" Mauro Vinícius da Silva e parabéns.

Após o mea culpa, alguns esclarecimentos:

Na maior potência esportiva do mundo, os EUA, seguem os preparativos de seus atletas para os próximos Jogos nos seus quatro, digo, quatro centros de treinamento espalhados pelo país, sendo que o comitê olímpico americano deve ser o único que não recebe qualquer tipo de investimento público. Tudo o que é gasto vem de doações e patrocínios. Me encanta ver o quanto existe de dedicação, esforço e profissionalismo pela busca do sucesso de seus atletas.

Já aqui no Brasil, e segundo Ancelmo Gois, os filhos da nossa "Rainha do Basquete", Hortência, que fazem hipismo, serão agraciados pelo MInistério do Esporte com a Bolsa Atleta, assim como o filho de Torben Grael, que faz vela. Justo?

Uma lembrança: Bolsa esta que outra grande jogadora de basquete, Marta, só foi agraciada quando já havia parado de jogar. Ainda falta, e muito, para nos tornarmos uma grande potência, seja em como for.

7 de mar. de 2012

Estamos chegando, mas ainda falta.

Segundo artigo do Futebol Finance, Flamengo e Corinthians lideram o ranking brasileiro com receitas oriunda dos Direitos TV na ordem de 84 milhões de reais em 2012. O dobro quando comparado a 2011.

Fato este que se repete ao longo do ranking com quase todos os clubes, um pouco mais, um pouco menos e totalizando um valor acima de 1 bilhão de reais.

Enquanto isso, na Europa, destacam-se o Barcelona (183,7 milhões de euros) e Real Madrid (183,5 milhões de euros) que faturam, juntos mais de 850 milhões de reais.

Fora as receitas oriundas da bilheteria e de acordos comerciais diversos, cujos resultados leva o Real Madrid ao top do ranking da Football Money League com uma receita somada na ordem de 680 milhões de reais frente ao Barcelona com 614 milhões de reais.

 (Cotação 06/03, Banco Central: 1 EUR= 2,301 BRZ)

5 de mar. de 2012

Brasil X Brasil

Não é de hoje que a Nike investe em ações irreverentes. A prova disso é video viral Brasil X Brasil.

Vencer a sua própria sombra? Demais!


3 de mar. de 2012

Pontapé na bunda? Que isso Jérome!

O senhor Jérome Valcke, secretario-geral da FIFA, afirma em entrevista que devríamos "levar um pontapé na bunda".

Um exemplo claro de que, na evoluída Europa, também existem indivíduos que se acham acima de tudo e todos, podendo dizer o que quiserem sem se preocuparem com suas vítimas de discurso.

Se o Brasil não tem estrutura para receber a Copa do Mundo, porque vencemos o BID? O que dizer da África do Sul em 2010?

O senhor secretário tem todo o direito em cobrar a celeridade das obras e da concretização dos prazos e metas estabelecidos, mas daí utilizar-se de um discurso chulo para mostrar sua indignação vai muito além.

Não levou em conta o país, nem a entidade a qual representa...

Certa a atitude do governo brasileiro através do Ministro do Esporte, Aldo Rabelo, não aceitando mais o citado senhor como interlocutor da FIFA.

Veja matéria publicada no JB.

O que esperar mais?

1 de mar. de 2012

RT, CBF e COL 2014

Folha.com

Ricardo Teixeira continua a frente da CBF.

Em assembleia, todos foram unânimes a sua permanência. veja matéria do Estadão.

28 de fev. de 2012

R9/Timão ≠ R10/Fla

Ancelmo Gois revela em nota "PIB da bola" a perda da Traffic com a repatriação de Ronaldinho Gaúcho para o Flamengo no valor de R$ 4,5 milhões em 2011, fora dívida de R$ 3,75 milhões.

Na verdade, continua o jornalista, a Traffic tentou repetir o sucesso finenceiro e de marketing do Corinthians com Ronaldo Fenômeno.

Uma pena que a equipe desta empresa líder de mercado não tenha atentado que, apesar dos clubes guardarem semelhanças quanto a sua grandiosidade, apelo popular e paixão, os atores divergem, e muito, quanto as diversas características que fazem do segundo um mito esportivo, com empatia, carisma e reviravoltas em sua carreira que o fazem transcender qualquer deslize pessoal.

Características estas, que faltam e muito ao primeiro, que na verdade é o segundo, e que até hoje é chamado de Ronaldinho, assim no diminutivo.

11 de fev. de 2012

O Frevo e a Copa


No último dia 10, o professor Americo Faria, nosso consultor chefe, esteve presente no I Seminário para CTS realizado pela SECOPA/PE em Recife, que além do professor, contou com a participação de Frederico Nantes (COL), Jayme da Cunha (Match) e o tetracampeão Ricardo Rocha.

O professor Americo foi responsável por apresentar as necessidades e a visão de uma seleção de um Centro de Treinamento ideal a uma plateia formada por prefeitos, secretários de turimo, desenvolvimento e esporte dos municípios de Pernambuco, além de proprietários e profissionais do ramo hoteleiro de do turismo em geral.

6 de fev. de 2012

O banco e o craque



O Banco Real sempre utilizou de argumentos inteligentes e atuais em suas campanhas publicitárias, tornado-se um das primeiras instituições financeiras a não aceitar contas de empresas que não tinham polítcas sócio-ambientais.

Comprado pelo Santander, contaminou o segundo com esta mesma proposta, que foi adotada em um vídeo do Neymar convocando todos para o "Dia do Moicano" tuitado pelo próprio.

Ação inteligente, discurso direto, empatia pública e um enorme crescimento daquele que vem se tornando um craque também fora de campo.

3 de fev. de 2012

O treinador é competente mas...

http://universodacopa.com.br/blog/estadios/post/maracana-rj


Dirigentes exigem a sua cabeça, jogadores pedem a sua cabeça, sócios pedem a sua cabeça, torcedores pedem a sua cabeça, a imprensa boleira pede a sua cabeça.

O treinador era um dos melhores do Brasil, com um currículo invejável, salário a altura de sua carreira. Um vitorioso. Não bastou.

Isso acontece o todo tempo em todos os clubes do país. Com a demissão, o clube ganha mais um na lista de credores, uma vez que sempre existe o contrato a ser cumprido, cláusulas indenizatórias, ou o que manda a lei.

O erro não está dentro de campo, se reflete nele.

A gestão deve estabelecer qual deve ser a competência daqueles que ocuparão os cargos no departamento de futebol, o que eles devem ou não fazer, determinar a hierarquia e o fluxo da informação tanto vertical, quanto horizontal e garantir que o plano seja cumprido.

Não é nada pessoal. O treinador é competente mas...

7 de jan. de 2012

Mais uma vez o mesmo equivoco

Noticiário esportivo informa que as equipes de futebol iniciaram os treinamentos dando ênfase ao físico.

Grande equivoco. Além de gerar um alto índice de fadiga aumentando probabilidade de lesões, não haverá tempo suficiente para uma resposta orgânica.

A solução estaria na concentração das sessões de treinos em exercícios técnicos e táticos, principalmente, nas jogadas de bola parada.

Uma equipe bem posicionada em campo, com um padrão técnico elevado terá um desgaste menor, dominando os espaços e impondo seu ritmo.

Até quando vamos ficar na mesmice?

5 de jan. de 2012

Balanço 2011: Santos FC



Presidente do Santos FC Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro em coletiva fazendo um balanço sobre 2011 a partir dos 10 minutos do vídeo.

3 de jan. de 2012

Negócio da China!

"Corinthians contrata o jogador chinês Chen Zhi-Zhao!" é a principal manchete esportiva da semana.

O que a maioria não sabe é que jogadores chineses vem sendo patrocinados por empresas também chinesas para atuarem em diversos mercados onde o futebol é popular.

Uma nova forma de publicidade onde a troca pelo investimento no jogador é feita pela a exposição da sua marca e a retransmissão das competições destes mercados para a China.

Além da grande jogada comercial, seus melhores talentos evoluem e atingem novos patamares técnicos reforçando qualitativamente suas seleções nacionais.

Com uma abordagem estratégica inteligente baseada numa visão de longo prazo e abrangente, os chineses vão construindo uma nova ordem mundial.

Cabe a nós fazermos o mesmo.