18 de abr. de 2012

Rankings 2011


O IDH e o PIB de um país podem estar um tanto fora do contexto esportivo, especialmente quando se trata em analisar performance de uma seleção nacional e sua posição no Ranking Coca-Cola/FIFA.

Mas, ao contrário do que possa parecer, é justamente esta análise que revela o quanto o Brasil ainda está distante para se tornar uma potência mundial.

Nossa monocultura esportiva, com poucas modalidades inseridas dentro do mercado esportivo dominado pelo desporto bretão, reflete um pouco da miopia nacional quando observados números absolutos, ou melhor, percentuais de crescimento e investimentos sem que se saiba seus valores reais e o quanto se está aquém, não do ideal, mas do razoavelmente aceito.

Ao se observar a comparação a cima, pode-se perceber tamanha distorção na performance das seleções com relação ao PIB de seu país, e mais, com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano, mostrando que nem sempre a prática esportiva de alto-nível reflete a realidade social e a preocupação governamental em manter altos padrões de qualidade no atendimento a seus cidadãos.

Outro ponto interessante, revela a dimensão de países continentais ou grandes em territórios em suas regiões geográficas e que nem por isso detém uma posição privilegiada.

No IDH, prevalece o esforço de Holanda e Alemanha, ambos destruídos pela Segunda Grande Guerra e que souberam reverter tamanha desgraça graças ao investimento em educação, saúde e ao fomento desenvolvimentista, o que acabou por levar a Alemanha a quarta posição no ranking PIB e a ser o sustentáculo economico europeu, sem perder sua privilegiada posição no Ranking FIFA e sendo a única a figurar entre os dez primeiros nos três rankings.

Enquanto isso no Brasil, no jeito de ser de seus líderes políticos, empurram-se obras públicas e investimentos na reestruturação de parques esportivos para os grandes eventos os quais serão sediados neste país, sem haver a devida preocupação em aproveitar uma chance única e triplicada para reverter tal política em ações concretas que deixem o tão aplaudido e alarmado legado.

Legado este, que traga realmente benefícios a população, a economia e ao país, e não ao bolso de corruptos e seus corruptores.